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BNDES Lança Nova Linha de Crédito para Caminhoneiros com R$ 10 Bilhões Disponíveis

Recursos visam estimular o setor de caminhões em meio a desaceleração econômica.

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BNDES Lança Nova Linha de Crédito para Caminhoneiros com R$ 10 Bilhões Disponíveis

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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou, nesta terça-feira (16), uma nova linha de crédito destinada a financiar a aquisição de caminhões, totalizando R$ 10 bilhões em recursos. Desse total, R$ 4 bilhões serão provenientes do próprio BNDES, enquanto os outros R$ 6 bilhões serão aportados pelo Tesouro Nacional, visando oferecer empréstimos com taxas de juros abaixo do mercado.

A medida, que foi autorizada por uma medida provisória publicada no Diário Oficial da União, surge em um contexto de desaceleração no setor de caminhões, o que pode impactar negativamente o emprego. A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) projeta uma queda de cerca de 10% na produção e nos emplacamentos de veículos.

Embora a iniciativa também represente um gesto para uma categoria que foi importante apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, interlocutores do governo de Luiz Inácio Lula da Silva negam que haja motivações eleitorais por trás da criação da nova linha de crédito.

Os detalhes do programa ainda precisam ser regulamentados pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é composto pelos ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Planejamento, Simone Tebet, além do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo. Estão previstos dois tipos de financiamento: com e sem a entrega de um caminhão usado, totalizando quatro opções para pessoas físicas e jurídicas.

As taxas de juros para a linha sem troca de frota devem girar em torno de 14% ao ano, enquanto a linha que envolve a entrega do caminhão antigo terá juros inferiores a esse patamar. A estruturação dos recursos permitirá um custo final para os tomadores abaixo das taxas de mercado, que atualmente estão em torno de 22% ao ano.

A liberação dos recursos dependerá da inclusão de uma ação específica no Orçamento de 2025, que será apresentada ao Congresso Nacional. Essa estratégia visa evitar questionamentos relacionados à legislação eleitoral, que proíbe a criação de novos programas sociais em ano de eleição.

Defensores da nova linha de crédito argumentam que as condições atuais são diferentes das do passado, e que a taxa de juros, embora subsidiada, ainda será superior à inflação, resultando em um custo real de financiamento. A Anfavea já havia solicitado medidas para estimular o setor, considerando que uma linha de crédito mais acessível seria benéfica em meio à atual crise econômica.