Minas Gerais deve atingir recorde na safra de azeite em 2026


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A olivicultura em Minas Gerais está se preparando para a colheita de azeite, que terá início na virada do ano em algumas regiões. Para 2026, as expectativas são otimistas, com a possibilidade de a safra superar a do ano anterior, que produziu 60 mil litros, devido a condições climáticas favoráveis em 2025.
As oliveiras estão carregadas e o desenvolvimento uniforme dos frutos aumenta a expectativa de uma produção próxima ao recorde de 2024, quando a Serra da Mantiqueira alcançou cerca de 150 mil litros de azeite extravirgem.
Moacir Batista Nascimento, coordenador da Câmara e presidente da Associação dos Olivicultores dos Contrafortes da Mantiqueira, afirmou: "2025 foi um ano excelente. As condições climáticas foram muito favoráveis, e a expectativa é que a safra de 2026 seja muito superior à do ano passado. Não sabemos se vamos bater o recorde de 2024, mas com certeza superaremos 2025".
Na Serra da Mantiqueira, a colheita já pode ser observada, com frutos maduros aparecendo a partir da segunda quinzena de janeiro. O pico da colheita ocorre em fevereiro e se estende até março, podendo avançar até abril em altitudes maiores.
Minas Gerais conta com cerca de 150 olivicultores, número que pode aumentar para 200 se incluídos os produtores do Sudeste. Aproximadamente 65% deles estão localizados na Serra da Mantiqueira, onde as condições de altitude e temperatura são ideais para a floração das oliveiras.
Apesar dos desafios de custo e produção, devido ao relevo e à mecanização limitada, o azeite artesanal mineiro é reconhecido pela qualidade, com preços variando entre R$ 80 e R$ 120 por garrafa de 250 ml. O Brasil consome cerca de 100 milhões de litros de azeite anualmente, mas produz menos de 1%. Mesmo assim, o mercado de azeites artesanais mineiros continua a crescer, impulsionado pela qualidade e pela valorização da origem.