Queda na percepção de alta dos preços dos alimentos, aponta pesquisa
Estudo revela que 58% dos brasileiros acreditam que preços subiram, uma diminuição em relação ao mês anterior.

SÃO PAULO, SP - De acordo com uma pesquisa realizada pela Genial/Quaest, a percepção de aumento nos preços dos alimentos entre os brasileiros caiu para 58% em novembro, uma redução de cinco pontos percentuais em comparação ao mês anterior. Apenas 23% dos entrevistados afirmaram que os preços permaneceram os mesmos, enquanto 17% acreditam que houve queda.
Esses dados refletem a tendência observada nos números do IBGE, que indicam uma desaceleração na inflação oficial, com o IPCA registrando apenas 0,09% em outubro, a menor taxa para o mês desde 1998.
Entre os entrevistados que recebem até dois salários mínimos, a percepção de aumento foi de 63% para 61%, dentro da margem de erro. Para aqueles com renda de dois a cinco salários, a queda foi mais acentuada, de 62% para 56%. Em março de 2023, esse percentual era de alarmantes 88%.
A pesquisa foi conduzida entre os dias 6 e 9 de novembro, com um total de 2.004 entrevistas presenciais com brasileiros a partir de 16 anos.
Além disso, 24% dos entrevistados afirmaram que a economia do Brasil melhorou nos últimos 12 meses, um aumento de três pontos percentuais em relação ao mês anterior. Em contrapartida, 42% consideram que a economia piorou, enquanto 32% acreditam que permanece a mesma.
Sobre a situação do emprego, metade dos brasileiros acredita que é mais difícil conseguir trabalho atualmente em comparação ao ano passado, enquanto 39% sentem que a situação melhorou. Entre aqueles que recebem mais de cinco salários mínimos, 46% acham que a busca por emprego está mais difícil, superando os 40% que consideram o oposto.
A pesquisa também abordou a recente reunião entre o presidente Lula e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Após o encontro, 45% dos entrevistados consideraram que Lula saiu mais fortalecido, enquanto 30% o viram mais fraco. Para 51%, um acordo para reduzir tarifas impostas ao Brasil será alcançado, enquanto 39% acreditam que não haverá acordo.
Embora 42% dos entrevistados esperem uma melhora na economia nos próximos 12 meses, 58% consideram que o Brasil está seguindo na direção errada, um aumento em relação aos 50% registrados em janeiro deste ano.
A pesquisa também revela que a avaliação do governo Lula, que apresentava recuperação desde maio, foi interrompida, com 50% dos cidadãos desaprovando sua gestão e 47% aprovando, uma oscilação de um ponto percentual em ambas as direções.