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Gavin Newsom critica tarifas de 50% dos EUA sobre produtos brasileiros

Governador da Califórnia classifica a medida como desrespeitosa durante evento em São Paulo.

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Gavin Newsom critica tarifas de 50% dos EUA sobre produtos brasileiros

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O governador da Califórnia, Gavin Newsom, descreveu o anúncio de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros como um ato de desrespeito por parte do governo dos Estados Unidos. Durante um evento do Milken Institute em São Paulo, realizado nesta segunda-feira (10), Newsom afirmou: 'Nenhuma pessoa da administração deveria mostrar desrespeito por nenhum de vocês. Esqueçam a política. O Brasil é um dos nossos grandes parceiros comerciais. É o país com o qual deveríamos nos envolver. No entanto, dedo do meio com 50% de tarifas. Isso é vergonhoso.'

O governador, que é visto como um possível candidato na próxima eleição presidencial, também criticou a ausência de representantes do governo de Donald Trump na COP30. 'A razão de eu estar aqui é a ausência de liderança vinda dos EUA, este vácuo. É algo bastante infantil. Não há nenhuma representação, nem mesmo um observador', destacou.

Newsom enfatizou que a Califórnia se distingue do restante do país por sua abordagem mais sustentável, destacando que dois terços da energia consumida no estado é limpa. 'Espero que eu esteja deixando em vocês a sensação de que marchamos no compasso de um tambor diferente na Califórnia, um parceiro estável e confiável. Estamos aqui para o longo prazo', disse.

Além disso, o governador criticou a indústria petroleira e as práticas de investimento de empresas americanas em veículos tradicionais. 'Temos fabricantes de automóveis tradicionais que estão vivendo, mas as cabeças deles estão enterradas na areia. A GM está tentando recriar o século 19', afirmou.

Newsom também expressou preocupação com a política interna dos Estados Unidos e a necessidade de uma mudança na mentalidade econômica, visando uma maior equidade e sustentabilidade. 'Plutarco, em 50 D.C., alertou os atenienses sobre o desequilíbrio entre ricos e pobres. Esse é o mais antigo e fatal dos males de todas as revoltas. Não é sustentável', concluiu.