Copom reafirma Selic em 15% por tempo prolongado para controlar a inflação
Comitê destaca necessidade de manutenção da taxa para assegurar convergência à meta estabelecida
No dia 11 de novembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) reiterou que a taxa Selic, atualmente fixada em 15%, é adequada para garantir que a inflação se aproxime da meta, desde que os juros sejam mantidos nesse patamar por um período significativo.
A ata da reunião de novembro mencionou que a estratégia de manter os juros nesse nível é suficiente para assegurar a convergência da inflação, uma mudança em relação às comunicações anteriores, nas quais o comitê se mostrava mais cauteloso quanto à eficácia dessa manutenção.
Apesar de reforçar a manutenção da Selic, o Copom alertou que permanecerá atento e poderá ajustar a política monetária conforme necessário, enfatizando que a incerteza no cenário atual exige cautela na condução das decisões financeiras.
O documento também reafirmou que a Selic em 15% está alinhada com a estratégia de convergência da inflação e busca minimizar flutuações na atividade econômica, promovendo o pleno emprego. As projeções de inflação acumulada para os próximos anos foram mantidas: 4,6% para 2025, 3,6% para 2026 e 3,3% no segundo trimestre de 2027, todas superiores ao centro da meta de 3,0%.
Além disso, o Copom incluiu uma estimativa preliminar do impacto da ampliação da isenção do Imposto de Renda em seu cenário, embora considere essa estimativa incerta e se comprometeu a monitorar os dados para ajustes futuros.
O cenário externo também foi tema da ata, com o Copom ressaltando que a situação nos Estados Unidos, incluindo o shutdown, traz incertezas adicionais que complicam a análise da política monetária do Federal Reserve. O comitê destacou que a apreciação do câmbio está relacionada ao diferencial de juros e à depreciação da moeda americana.