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Hugo Motta fala sobre relação com o governo e rebate críticas de Lira

Presidente da Câmara ressalta diálogo respeitoso e perspectivas para 2026

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Hugo Motta fala sobre relação com o governo e rebate críticas de Lira

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BRASÍLIA, DF - O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), declarou nesta sexta-feira (19) que a relação com o governo Lula (PT) apresenta altos e baixos, mas se encontra 'estabilizada'. Em entrevista, Motta destacou a aprovação da pauta econômica e o respeito nas interações com o presidente e seus representantes, como a ministra Gleisi Hoffmann e o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE). "As relações, em geral, têm suas oscilações, e isso é natural, visto que cada poder possui sua independência e dinâmica própria. Não está previsto na Constituição que um poder deve concordar com o outro em todos os aspectos", afirmou. Ele reconheceu que a relação entre o governo e sua gestão enfrentou desafios, como a revogação do decreto do IOF e a escolha de um aliado do governador de São Paulo para relatar projetos importantes. Em seu primeiro café com a imprensa desde que assumiu a presidência em fevereiro, Motta ressaltou que a relação terminará o ano com a expectativa de um diálogo mais aberto em 2026. A mudança de postura da Câmara, que em outubro rejeitou aumento de impostos para empresas de apostas e agora aprovou essa medida, foi atribuída ao amadurecimento do debate sobre o tema. Motta também acredita que a troca do ministro do Turismo pode contribuir para a governabilidade. Em relação ao apoio a um candidato à Presidência, ele evitou tomar partido, afirmando que sua escolha poderia gerar polarização desnecessária. Motta reafirmou seu compromisso com um acordo feito com o PT para a eleição de Odair Cunha (PT-MG) para o TCU em fevereiro, embora pretenda ouvir líderes sobre o melhor momento para isso. O presidente da Câmara também respondeu às críticas do ex-presidente Arthur Lira (PP-AL), que chamou sua gestão de "esculhambação". Motta destacou que, apesar das discordâncias, mantém uma relação de respeito e amizade com Lira. Ele ressaltou a necessidade de aprender com as críticas e afirmou que as decisões da Câmara são tomadas em conjunto com os líderes partidários. Ao abordar a relação com o Judiciário, Motta defendeu o diálogo e a função do STF em investigar parlamentares, afirmando que a Câmara não deve proteger ações ilícitas. No entanto, ele pediu um equilíbrio para evitar exageros nas críticas, especialmente em relação às emendas parlamentares ao orçamento, reafirmando a responsabilidade da maioria dos deputados que atuam corretamente.